quinta-feira, 3 de julho de 2008


Minha mão coça, pede que eu escreva. Mas não sái na-da.
Acho que é bem o meu estado ultimamente: sem conteúdo. Não falo pelo 'dom' de escrever, porque eu nunca tive. Mas pelo prazer de 'soltar'.
Chego a conclusão que não quero soltar nada, não desejo largar nada disso ou deixar ir embora. Sei de todas as razões, mas prefiro ficar assim paralisada, fisicamente e mentalmente, só pra não admitir o fim, o ponto final que eu insisto em acrescentar mas dois pontinhos.
E quando desparaliso torno a pensar: o dia de amanha é uma grande incógnita. Como se amenizasse a incerteza que chega a ser maior que essa. Justifico, procuro razões, explicações, tudo pelo desejo de não largar, de deixar aqui comigo, preso, reservado, trancado, enclausurado, amordaçado algo que nem está ao alcance das minhas mãos.


Agora você vê aquele sorrisinho de desaprovação pintado bem aqui.

Um comentário:

Karol disse...

Velho,sabe um tipo de texto que eu gosto é aquele quando conforme eu vou lendo e vou me identificando,como se fosse eu que tivesse escrito...exatamente como eu me senti quando eu li o seu.
As vezes,eu prefiro ficar assim mesmo,inerte mas não indiferente,sacas.apenas acontecendo,levada pelo vento..sei la.
Que ventos bons soprem em nossa direção,dudinha.

begos